O que é feito com amor é diferente
Há muito tempo venho pensando, tentando achar uma resposta, uma explicação para os projetos de alguns arquitetos que são extraordinários.
Será que eles são gênios? O cérebro deles é diferente? O que faz com que um arquiteto seja melhor que outro, ou que as vezes a discrepância entre determinado projeto e outro seja absurda?
Enfim, acho que encontrei a resposta: logicamente talento importa e não se compra, isto é dom, é natural, outra questão é a forma de enxergar as coisas, as formas, as cores, a forma de sentir, que é diferente em cada arquiteto. Sensibilidade e percepção também são influentes.
Mas muito mais do que isto está o amor (que démodé né), mas é real. Um arquiteto apaixonado pela arquitetura, faz as coisas diferentes, o projeto sai repleto de diferenciais, embasado em conceitos formulados por uma mente incansável durante várias noites de insônia.
Ser um arquiteto apaixonado por arquitetura tem seu preço e é alto, uma busca incansável pela "perfeição" o que acredite, ele nunca alcançará, por isso, é tão dolorido ser apaixonado.
A genialidade de Oscar Niemeyer é muito maior do que sua própria massa cinzenta, esta nas profundezas da sua essência, dos seus sentidos, Oscar, é apaixonado pela arquitetura e incansável na "venda" e afirmação dos seus conceitos.
Para um arquiteto, sua arquitetura, seu conceito é como o ideal de um ideologista.
Amar a arquitetura é um desafio constante na busca de superação, é como o atacante que fica sonhando com uma jogada fantástica e com o gol.
Que bom, que bom, que com amor é diferente.
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